Eu tive uma ideia. Era uma ideia boa. Uma ideia quase gloriosa (de mim mesmo). Era a de subir por um escadote, daqueles de velha madeira, e não parar mais. Continuar a subir. Então fi-lo. Comecei a fazer-me escapar. A cada passo de céu, mais distante estava do centro. Era mais que raio de roda de bicicleta. Era relâmpago rasgado em ascensão aos astros. Fui subindo, e ultrapassei-os. Fiquei fundido com a tela onde estão pintados. Ao contrário do que pensava, tinha todas as cores, e isso agradava-me. Depois quis descer. E assim reparei na minha natureza bipolar corajosa - há quem volte sempre. E assim, sim, fiquei com o escadote.
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